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Custo Marginal: O que é e como realizar esse cálculo

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Como Calcular o Custo Marginal? Antes de falarmos sobre o que são os Custos Marginais, é importante falar sobre custos de produção. Estes custos são a base das decisões de qualquer empresa, pois eles irão influenciar desde os preços dos produtos chegando até aos investimentos da empresa. Ou seja, é importante entender e saber como calcular todo tipo de custo, incluindo o marginal.

E porque é importante saber determinar o custo marginal? Com isso, irá ajudar a otimizar os lucros de produção de cada unidade produzida pela empresa, chegando à um ponto de equilibrio, onde o valor de produzir uma unidade possa ter a mesma média de custo da produção total.

O custo marginal se caracteriza por uma variação na produção total, podendo ser para mais ou para menos, em relação ao custo total, dependendo do volume na quantidade de vendas ou serviços prestados. Este custo irá representar o valor individual da unidade produzida fora da produção comum. Mas para que este custo seja estabelecido da forma correta, é necessário saber os custos fixos e variáveis de produção, além dos custos totais.

Qual a importância do cálculo do custo Marginal

Entendendo como funciona o custo marginal, a empresa consegue determinar o custo de produzir unidades adicionais. Geralmente, este custo costuma a diminuir de acordo com o acrécimo de produção, devido aos custos fixos.

Em termos mais simples, quanto mais se produz, mais o custo marginal tende a cair devido aos custos fixos, uma vez que já seriam gastos, mesmo sem que houvesse a produção. Entretanto, chega um momento em que estes custos fixos podem não ser mais suficientes para acrescentar unidades na produção.

Isso acaba fazendo com que os custos fixos aumentem e os lucros caiam. Por isso, é extremamente importante mensurar esse custo, para saber até onde aumentar a produção da unidade ou do serviço prestado é lucrativo.

Como calcular o Custo Marginal | Qual a Fórmula do custo Marginal

Separamos para você 3 maneiras de como você pode calcular o custo marginal da sua empresa para maximizar os próprios ganhos. E para efetuar essa operação, basta dividir a variação no custo pela variação na quantidade ou produto disponibilizado ao público. Vamos às maneiras:

Passo 1 – Determinando a variação em quantidade

1- Calcular o nível de produção no qual os custos fixos começam a variar. Para entender o cálculo do custo marginal, é preciso ter um conhecimento do custo total da produção da unidade ou serviço prestado pela empresa. Estes custos (Custos Fixos) devem se manter o mesmo durante toda a análise de custo, tendo em vista o nível de produção necessário para conseguir aumentá-los.

  • Se você tem uma pizzaria, por exemplo, os fornos representam um gasto fixo. Se sua loja tem a capacidade de preparar 5.000 pizzas por dia, esse valor seria a quantidade máxima de pizzas a ser considerada na análise do custo marginal. Caso sua pizzaria venha a produzir mais do que 5 mil unidades, os custos fixos teriam variado pois iria ser necessário adquirir um novo forno para a produção de mais pizzas.

2- Determinar o intervalo a ser avaliado. Como já sabemos, podemos calcular o custo marginal de cada unidade individual de produto ou serviço à venda. Porém, trata-se de um passo útil apenas em casos em que a empresa costuma produzir poucas unidades, ou serviços ao dia. Além desse modo, também pode ser útil observar a variação em intervalos maiores.

  • Se sua empresa oferece produtos, pode-se utilizar variações maiores em quantidade. Caso você produz 500 unidades por dia, por exemplo, talvez seja interessante levar em consideração o custo marginal de produzir 100 ou 200 itens a mais, por exemplo.

3- Subtrair a quantidade de unidades entre intervalos. Cada intervalo constitui uma leva de produção, ou uma quantidade específica. Para determinar uma possível mudança em quantidade, basta subtrair a quantidade anterior (Primeira leva) da nova (Segunda leva).

  • Se a empresa produz 500 unidades por dia e você quer analisar o custo marginal na produção de 600 daquele item, a variação em quantidade seria igual a 100.

Passo 2: Identificar a variação em custo

1- Calcular os custos totais de produção. Este valor será baseado nos custos fixos e variáveis somados com relação auma quantidade específica de unidades ou serviços prestados. Custos fixos são aqueles que não variam durante o período analisado. Já os custos variáveis podem ter aumentos ou baixas dependendo das circunstâncias.

  • Custos fixos: Pode-se considerar custos fixos os Gastos capitais, como equipamentos, aluguel, por exemplo. A quantia paga para a manutenção destes equipamentos tendem a não mudar por um longo período.
  • Custos variáveis: Já os custos variáveis podem incluir contas mensais de água, luz, internet, salário da equipe e os suprimentos utilizados na produção do produto ou serviço. Estes itens são chamados de “custos variáveis” pois geramente aumentam com o número elevado no nível de produção.
  • Custos totais: Para somar os custos totais, basta somar os custos variáveis para cada nível de saída ou intervalo de produção com os custos fixos para obeter o valor de custos totais.

2- Determinar o custo médio de cada unidade. Após determinar o custo total da empresa, você pode determinar o custo médio de cada unidade ou serviço prestado à venda. Em cada nível de saída ou intervalo de produção, basta dividir o custo total pela quantidade de unidades.

  • Se o custo total da empresa em produzir 1000 unidades de um produto, equivalendo a R$1000, por exemplo, o custo total médio por unidade será de R$1. Mas é importante entender que, se o custo total para a produção de 600 unidades do produto for igual a R$550, o custo médio por unidade será de R$0,92.

3- Subtrair o custo antigo do novo para calcular a variação. O custo de quantidade e a variação de custo são mensuradas da mesma maneira. Basta subtrair os custos para o intervalo de produção ou nível menor dos custos relativo ao maior.

  • Se é necessário R$500 na produção de 500 unidades e R$550 na produção de 600 unidades, por exemplo, a variação em custo irá equivaler a R$50.

Passo 3 – Determinando o custo marginal

1- Dividir a variação em custo pela variação em quantidade. Para realizar esse cálculo, é necessário dividir a variação no custo dividida pela variação em quantidade. Depois de determinar os valores, é possível utilizá-los para calcular o custo marginal.

  • Digamos que você queira calcular o custo marginal relativo à produção de 600 unidades ao dia, por exemplo, em compração às 500 unidades diárias. A variação em custo irá equivaler a R$50 e a variação em quantidade, a 100. Logo, conclui-se que o custo marginal será igual a R$0,50.

2- Repetir os cálculos para intervalos adicionais. O custo marginal pode aumentar ou diminuir de acordo com o aumento de unidades de produção. O objetivo da empresa é produzir o serviço ou produto ao menor custo marginal possível.

  • Vamos utilizar o exemplo anterior, onde o custo marginal relativo à produção de 600 unidades em comparação à 500 unidaes é igual a R$0,50. Se você adicionar mais 100 unidades, totalizando 700 unidades produzidas ao dia, o seu custo marginal irá cair para R$0,32, o que representa um melhor custo-benefício em comparação com as 500 unidades iniciais.

3- Crie uma planilha para gerar as curva de custo. Com isso, você poderá criar gráficos que irão exibir os custos marginais de cada intervalo de produção ou nível de saída de uma maneira visual. Geralmente apresentada em forma de “U”, a curva marginal se mostra no início, com custos de unidades adicionais apresentando valores maiores em sua produção.

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